Bullying é um termo inglês utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou "pseudo-valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
Bullying é toda a violência não física, todo o tipo de agressão e condutas verbais, desde os simples insultos, piadas, ameaças de dano físico, burlas, roubos, alcunhas cruéis, ridicularizar ou ferimentos graves que podem levar até á morte.
Os pais também precisam estar atentos às próprias atitudes dentro de casa. Gestos, tons de voz, tiques e expressões faciais são EXEMPLOS que marcam os filhos muito mais do que os discursos.
Pais ausentes ou stressados por causa do trabalho e que recorrem a gritos e bofetadas para exercer a sua autoridade vão transmitir esse “modelo” de relacionamento aos filhos, mesmo sem o perceber. Os filhos incorporam comportamentos e reproduzem-nos quando estão num ambiente sem hierarquia, seja como vítimas, seja como agressoras.
O Agressor
É inseguro e tem dificuldades em fazer amigos. Esconde a pouca empatia com atitudes agressivas ou dominadoras. Inteligente, sabe reconhecer as suas vítimas.
SINAIS COMPORTAMENTAIS – Provoca discussões, não se adapta às regras, espera que todos façam a sua vontade, é pouco supervisionado pelos seus responsáveis e sofre com carência afetiva e pressão para ter sucesso.
CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE – Leva o mesmo comportamento cruel para a vida adulta. Pode desenvolver doenças psíquicas associadas à agressividade, como depressão e TOD (transtorno opositivo-desafiador). É uma pessoa que está sempre do contra.
Como ajudar o agressor:
• Esta pessoa precisa de ajuda, não de punição, mas deve ser responsabilizada por seus atos.
• Tente fazer com que ele se coloque no lugar da vítima.
• Ensine que é possível demonstrar insatisfações sem ser violento.
• Encoraje-o a pedir desculpas às suas vítimas.
• Passe a elogiar as condutas positivas dele, elevando a sua autoestima.
• As artes marciais podem ajudar a amenizar a sua agressividade, libertando-o do stress e socializando com os colegas de treino.
A vítima
É tímida, insegura, com baixa autoestima e não se consegue defender.
SINAIS FÍSICOS E COMPORTAMENTAIS – Febre, vómitos, dores de cabeça e medo de ir para a escola, perda de apetite, baixa resistência imunológica, baixa no aproveitamento, nódoas negras inexplicáveis, perda do material escolar e desportivo, roupas rasgadas.
CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE – Se não superar o trauma, pode desenvolver-se stress pós-traumático, fobias e tornar-se um adulto com problemas de relacionamento.
Como ajudar a vítima:
• Incentive o jovem a contar o que se passa na sua vida escolar.
• Valorize o que a vítima conta. Compartilhar a sua dor irá facilitar a busca por soluções.
• O que Não se deve fazer - Incentivar a vitima a ser assertiva, a desvalorizar o que aconteceu, a ser indiferente às agressões e incentiva-la a fazer de conta que não é incomodado com as agressões. Isto É uma Perseguição, Sim!
• Não o culpe, esta atitude pode levar o jovem a sentir-se um fracasso.
• O que se Deve fazer – Estar atento e intervir no sentido de fazer parar o comportamento do agressor. Falar com a vítima e com os colegas para tentar perceber o que se passa. Explicar-lhe que é natural sentir medo e vergonha, mas que deve ser capaz de falar sobre o que está a acontecer para que o possam ajudar. Procure a escola para, ao lado dos professores, buscar caminhos para a resolução do conflito. Se as agressões não chegaram à violência corporal, encoraje o adolescente/a criança a impor-se e estabelecer o que gosta e não gosta.
• Procure elevar a sua autoestima.
• Atividades como Artes Marciais ajudam ao ensinar a autodefesa, confiança e controlo emocional. Este sistema tem sido provado tanto em crianças intimidadas como nos seus agressores com êxito, tendo em conta a sua integridade já que se administram valores morais, e um desenvolvimento pedagógico baseado nos princípios das Artes Marciais, que ao contrário a que as pessoas em geral pensam, não é uma disciplina para ensinar a “bater”, mas sim de ensinar a elevar o seu autocontrolo e melhorar a sua autoestima.
Espectadores destas cenas de violência, também não estão livres das consequências. Eles ou se calam ou riem dos abusos, com medo de se tornarem a próxima vítima. Tudo isso gera ansiedade, insegurança, aflição e tensão porque, evidentemente, nem sempre concordam com o que assistem. A aprendizagem e a socialização acabam por ser prejudicadas.
Quem testemunha transforma-se, frequentemente, num novo agressor.
Um agressor/desordeiro detecta o medo numa vítima com um simples olhar nos olhos da mesma, na postura acanhada, na respiração rápida quando confrontado com situações desconhecidas.
Um agressor/desordeiro é uma pessoa que tem geralmente baixa estima e tem necessidade de sentir-se poderoso, por isso mesmo procura outras pessoas mais fracas que ele.
Pais, professores (Mestres, instrutores ou treinadores) devem trabalhar em conjunto para encontrar uma abordagem indireta, de reflexão e conciliação e nunca de confronto e reprimenda, É importante mudar a impressão do adolescente.
Atividades desportivas;
Diálogo dentro de casa;
Envolvimento em ações solidárias; são exemplos de ferramentas eficazes de ensinamento de regras de convivência saudável.
SER VIOLENTO NÃO É “FIXE”.